A atriz, que é mãe de Maria Flor, escreveu uma carta aberta para a revista Glamour e nela desabafa sobre o tratamento que recebeu de outras mulheres depois de ter admitido durante uma entrevista que já traiu todos os homens com quem já esteve.
Como todo ser humano, eu falho. A única diferença é que, no meu caso, acabo vendo meus erros julgados na imprensa e nas redes sociais. Na mais recente rodada de manchetes, ganhei matérias incontáveis por ter admitido que traí- vi publicadas até listas com meus namorados “corneados”. Algo que, convenhamos, não ocorre quando um homem público comete os mesmo “erros”. Eis o ponto dessa conversa. Não, eu não me orgulho de ter traído, mas me pergunto: por que uma mulher, ao fala sobre sexo, é tida como vagabunda?
É cansativo atender às convenções impostas às mulheres. Não temos direito ao prazer e muito menos à liberdade de pôr na mesa assuntos velhos e vis. O pior? Perceber outras mulheres recriminando como se fossem…homens. Minhas queridas irmãs: ou nos unimos ou continuaremos com taxas alarmantes de feminicídio. […] Falo de sororidade e de como nós, mulheres, somos vistas e nos enxergamos. Não podemos mais nos sujeitar a esse tratamento desigual. E se o processo para desconstruir esse abismo entre gêneros é difícil, acredito que o caminho é falar sobre o assunto. Eu falei. Vamos nessa?