Confirmados no Brasil os dois primeiros casos da variante Ômicron (B.1.1.529) do coronavírus. Os casos são de um homem de 41 anos e uma mulher de 37, que chegaram de viagem da África do Sul. Os resultados positivos foram apontados em exames de PCR feitos no laboratório do Einstein no aeroporto de Guarulhos.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os resultados são preliminares e serão enviadas para análise laboratorial confirmatória. “Diante da identificação e testagem com resultado positivo para Covid-19, a Rede CIEVS, ligada ao Ministério da Saúde, deve monitorar casos de acordo com o sistema de vigilância vigente no Brasil”, destaca o órgão em nota.
Será feita avaliação das condições de saúde e direcionamento dos indivíduos aos serviços de atenção à saúde, bem como para adoção das medidas de prevenção e controle da Covid-19.
O passageiro, segundo a Anvisa, desembarcou em Guarulhos no dia 23 de novembro. Ele trazia resultado de RT-PCR negativo. No dia 25, ele procurou o laboratório no aeroporto de Guarulhos, acompanhado da esposa, para se preparar para a viagem de retorno à África do Sul. Nesse teste, ambos testaram positivo para a Covid-19. Diante dos resultados positivos, o laboratório Albert Einstein fez o sequenciamento genético das amostras e identificou a variante Ômicron do Sars-Cov-2.
O passageiro chegou ao Brasil em 23 de novembro, antes da notificação mundial sobre a identificação da nova variante, relatada pela primeira vez à Organização Mundial de Saúde (OMS) pela África do Sul no dia 24 de novembro. Quatro dias depois da chegada, houve edição de portaria interministerial que proibiu, em caráter temporário, voos com destino ao Brasil que tenham origem ou passagem pelo país africano.
Nessa segunda-feira, 29, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a principal resposta contra a variante Ômicron é a vacinação. “Esse contrato assinado com a farmacêutica Pfizer é a prova cabal da programação do Ministério da Saúde para enfrentar não só essa variante Ômicron como as outras que já criaram tanto problema para nós”, completou.
Ele afirmou que o cuidado da vigilância em saúde no país permanece o mesmo adotado desde o começo da pandemia. “É uma variante de preocupação, mas não é uma variante de desespero porque temos um sistema de saúde capaz de nos dar as respostas no caso de uma variante dessa ter uma letalidade um pouco maior. Ninguém sabe ainda”.